passo a explicar.
A irmãzinha do mal foi a uma exposição de cães no passado fim de semana.
Desde que ela era assim uma pulguita que os humanos a têm olhado de alto a baixo, trocando acenos de cabeça e comentários velados sobre "linhas", "angulações", "movimento" e outras palavras igualmente crípticas.
Aparentemente, ela tem qualidades e temperamento para cão de exposição.
(Trocado por miúdos, é uma peneirenta metida a coquette.)
Os meus pais ficam todos preocupados, não vá eu ficar com complexos de inferioridade ou melindrado por não se abrirem diante dos meus bigodes caminhos idênticos.
E eu só tenho isto a dizer-vos: BAH!
Para que quero eu ir a exposições em dias de calor mortífero, quando posso ficar refastelado no sofá de casa da minha avó com a ventoinha só para mim e a televisão no canal que eu escolhi?
Para que preciso eu de um juiz qualquer de mãos suadas a testar a solidez do meu esqueleto?
BAH!
Eu sou um cão de mimo e de recato familiar, não preciso destes espalhafatos públicos.
Basta-me a adoração incondicional do círculo familiar. Só isso.
Ela que VÁ exibir-se por aí!
Quero lá saber.
Tenho dito.
