Tanto tempo de ausência, tanto para dizer e para explicar.
Os últimos meses, em versão "bullet points":
Estivemos a viver na casa da minha avó, depois mudámos para uma casa nova, a cheirar a não sei bem a quê, mas não cheirava a mim, nem à mamã nem ao papá.
Entretanto a mamã começou a chegar mt tarde a casa e fiquei triste mas disseram-me que a culpa não era minha. Fiquei mais aliviado.
Depois foi o terremoto.
Passo a explicar... tive uma irmã. Essa é a forma simpática de dizer que, de um dia para o outro, me vi a braços com uma miúda levada da breca, refilona e arruaceira, que não me larga da pata e que me está a dar cabelos brancos a um ritmo preocupante.
Eu explico...
Num belo dia, fomos de visita aos meus primeiros pais e na hora de voltar para casa, entrou uma cachorra no carro e... e... FOI PARA CASA CONNOSCO!
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
O choque, o drama, o horror.
Deixei de ser filho único!
Tenho de partilhar os mimos e as atenções com esta miúda, que ainda por cima é uma endiabrada!
Rouba-me os brinquedos, morde-me as orelhas, não me deixa dormir... inferniza-me!
E está a roer o meu querido sofá azul, o que veio da nossa casa antiga e era só meu!
Tem sido muito difícil assumir o estatuto de filho mais velho, de (glup) irmão responsável...
Entretanto fiz 2 anos e sou um verdadeiro homem, quer dizer, cão-homem.
como tal, diz a mamã, que tenho de me mostrar mais bem comportado e sensato, o que acarreta dar um bom exemplo à peste.
(suspiro)
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O nome dela é Pepper.
Tem 8 meses, 3 dos quais passados a dar-me cabo da cabeça.